Regra dos 150 ou Número de Dunbar, ou ainda Teoria de Dunbar

Compreendendo a regra dos 150: como a teoria de Dunbar pode impulsionar o sucesso da sua empresa

Na gestão de empresas, o número não é apenas uma figura; pode ser uma força impulsionadora do sucesso. A regra dos 150, também conhecida como a Teoria de Dunbar (ou Número de Dunbar), é uma delas. Neste artigo, vamos explorar esta intrigante regra e a sua influência no desempenho das organizações. Descubra como esta fascinante teoria pode auxiliar no desenvolvimento de uma cultura corporativa coesa e de alta performance.

O que é a regra dos 150?

Prepare-se para embarcar numa viagem fascinante pelo mundo da sociologia, psicologia e gestão de empresas. Vamos decifrar um enigma que envolve uma simples figura numérica, mas que detém um poder surpreendente sobre a forma como conduzimos os nossos negócios. Meus caros leitores, estou a falar da intrigante regra dos 150, uma ideia que não tem nada a ver com a velocidade em quilómetros por hora que leva para obter uma multa por excesso de velocidade, nem com a quantidade de chocolate que deseja comer quando está stressado. Embora, confesse, ambos parecem igualmente importantes.

A regra dos 150, ou o Número de Dunbar, como é mais academicamente conhecida, transporta-nos até à obra do antropólogo britânico Robin Dunbar.

Robin não estava a tentar descobrir quantos amigos uma pessoa pode ter no Facebook, nem quantas pessoas pode convidar para uma festa sem causar um caos total. Estava, na verdade, a estudar a relação entre o tamanho do cérebro dos primatas e o tamanho dos seus grupos sociais. E é aqui que as coisas ficam realmente interessantes.

Correlação entre tamanhos de cérebro e grupo social

De acordo com Dunbar, existe uma correlação entre o tamanho do cérebro dos primatas e o tamanho do grupo social que conseguem gerir. E, quando extrapolou esses dados para os humanos, chegou a um número mágico: 150. Este é o número de relacionamentos estáveis que nós, humanos, podemos gerir confortavelmente. É o número de pessoas que poderia convidar para uma grande festa na sua casa e ainda assim lembrar-se do nome e da história de cada uma delas. E, se já se perguntou por que se sente sobrecarregado ao gerir a sua lista interminável de contactos, agora já sabe quem culpar. Obrigado, cérebro!

Mas o que tudo isso tem a ver com o mundo dos negócios? A resposta é – tudo. Na próxima parte, entraremos nos detalhes sobre como esta simples regra dos 150 pode ser a chave para desbloquear o sucesso da sua empresa. Fique connosco e prepare-se para uma revelação surpreendente!

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A regra dos 150 nas empresas

Por mais tentador que seja imaginar que estamos a dar uma grande festa para todos os nossos colegas, amigos, conhecidos e aquele primo afastado que conhecemos uma vez quando éramos crianças, a realidade é que a Regra dos 150 tem implicações muito mais profundas no mundo dos negócios. É aqui que trocamos a nossa faixa de festa por um elegante blazer e adotamos uma postura mais séria. Afinal, estamos a falar sobre o sucesso da sua empresa!

Agora, imagine tentar gerir uma empresa com centenas ou até milhares de funcionários. E não estamos a falar apenas de recordar os nomes de todos eles, o que seria uma proeza digna de um verdadeiro mestre de memória. Estamos a falar de gerir interações significativas, construir relações de confiança, promover uma cultura empresarial forte… tudo se torna incrivelmente complexo à medida que o número de pessoas aumenta.

Aqui é onde a Regra dos 150 entra, balançando a sua capa imaginária e oferecendo uma solução. As empresas que têm menos de 150 funcionários tendem a ter uma comunicação mais eficiente, um sentimento mais forte de camaradagem e uma cultura corporativa mais sólida. Simplesmente porque cada indivíduo tem uma melhor compreensão dos seus colegas, das suas funções e de como se encaixam no grande cenário.

Então, o que acontece se a sua empresa tem mais de 150 funcionários? Estamos a sugerir que comece a distribuir cartões de despedida e biscoitos de consolação? Claro que não! Existem formas eficientes de organizar empresas maiores respeitando a Regra dos 150.

E nas empresas com mais de 150 trabalhadores?

Chegamos a uma encruzilhada onde a lógica e a emoção colidem. Estamos perante uma empresa de sucesso que cresceu para além de 150 funcionários. O que fazer? Parece que precisamos de um toque de magia. Mas não se preocupe, este não é o tipo de magia que exige uma varinha ou um feitiço complicado. É a magia da organização.

A Regra dos 150 não é uma lei rígida e inflexível que exige uma redução drástica de funcionários. Em vez disso, é um princípio de gestão que sugere a estruturação da empresa em unidades ou equipas menores, cada uma com menos de 150 membros. Dentro dessas unidades, a comunicação é mais eficiente, as relações são mais fortes e a cultura é mais coesa.

Veja o exemplo do Gore-Tex, uma empresa globalmente reconhecida. Em vez de construir uma enorme fábrica para todos os seus funcionários, a Gore-Tex constrói múltiplos edifícios menores, cada um alojando menos de 150 funcionários. Desta forma, eles conseguem manter a sensação de uma empresa menor, mesmo tendo milhares de funcionários.

Livros Recomendados

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Conclusão

Em síntese, podemos afirmar que a Regra dos 150 não é apenas um número. É um farol que nos guia através do oceano turbulento da gestão de empresas. Permite-nos manter a eficiência da comunicação, fortalecer as relações e construir uma cultura corporativa sólida.

No entanto, não se deve esquecer que cada empresa é única. O Número de Dunbar é uma ferramenta, não uma camisa de forças. Use-a com sabedoria, ajuste-a às suas necessidades específicas e veja a sua empresa florescer como nunca antes.

E lembre-se, independentemente da dimensão da sua empresa, é a qualidade das relações e a força da cultura que realmente fazem a diferença. Então, continue a construir esses laços fortes, continue a nutrir essa cultura incrível, e não se surpreenda se a sua empresa se tornar um exemplo brilhante de sucesso. Afinal, não é isso que todos queremos?

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