Controle Estatístico do Processo (CEP)

Controle Estatístico de Processos: como pode transformar a sua empresa

Para caminhar rumo à excelência, garantir a qualidade dos processos é fundamental para o sucesso de uma empresa. O Controle Estatístico de Processos é uma ferramenta valiosa que existe para ajudar as empresas a alcançarem esse objetivo. Neste artigo, vamos revelar o que é o Controle Estatístico de Processos e como pode ser aplicado para melhorar a qualidade e eficiência dos processos na sua empresa.

O que é o Controle Estatístico de Processos?

O Controle Estatístico de Processos (CEP) é um método utilizado para monitorizar e controlar os processos que existem nas diversas áreas da empresa. Este método utiliza ferramentas estatísticas para recolher dados e analisar a variação nos processos, permitindo que as empresas identifiquem problemas e implementem soluções e, desta forma, melhorarem a qualidade dos seus produtos e serviços. O CEP é amplamente utilizado na indústria transformadora. No entanto, também pode ser aplicado a outras áreas, como serviços financeiros, saúde e tecnologia.

Como o Controle Estatístico de Processos funciona

O CEP envolve várias etapas, incluindo a recolha de dados, a análise estatística e a implementação de soluções. As empresas podem utilizar diferentes ferramentas, como gráficos de controle, histogramas e análise de capacidade de processo, para recolher e analisar dados. Com base nestas análises, podem identificar problemas e implementar soluções, como formação de funcionários, mudanças nos processos ou melhoria dos equipamentos.

Como fazer o acompanhamento do CEP?

Para fazer o acompanhamento do Controle Estatístico de Processo, siga as seguintes etapas:

  1. Defina os processos que não estão de acordo com a qualidade esperada para realizar o controle;
  2. Defina as caraterísticas mais críticas que causam variação nos resultados;
  3. Defina quais os dados devem ser recolhidos, assim como a amostragem e periodicidade;
  4. Defina os limites de controle do processo, analisando a base histórica do mesmo para identificar como este processo se comporta. Dessa forma será possível definir uma média e o desvio padrão dos dados;
  5. Após a implementação, analise a capacidade deste processo com o objetivo de perceber se está cumprindo ou não com as especificações;
  6. Monitorize todas as variáveis do processo;
  7. Se necessário, implemente ações de melhoria, elaborando planos de ação.

O que são cartas de controle?

Cartas de controle são uma ferramenta do Controlo Estatístico de Processos (CEP) que auxiliam na monitorização e controlo da variação nos processos da sua empresa. As cartas de controle mostram a variação dos dados recolhidos ao longo do tempo e permitem que as empresas identifiquem padrões e tendências nos seus processos.

Existem diferentes tipos de cartas de controle, mas todas elas têm um eixo vertical que representa a medida do processo e um eixo horizontal que representa o tempo ou o número de unidades produzidas. As cartas de controle geralmente incluem três linhas:

  1. Uma linha central que representa a média dos dados recolhido.
  2. Uma linha superior de controle que é definida como a média mais três vezes o desvio padrão dos dados recolhidos.
  3. Uma linha inferior de controle que é definida como a média menos três vezes o desvio padrão dos dados recolhidos.

Quando os dados recolhidos caem dentro das linhas de controle superior e inferior, isto indica que o processo está a funcionar de forma estável e previsível. Quando os dados caem fora das linhas de controle, isto indica que algo está fora do controle e pode haver um problema no processo que, eventualmente, terá de ser corrigido.

As 7 ferramentas do Controle de Qualidade

Em 1974, o Dr. Kaoru Ishikawa reuniu uma coleção de ferramentas de melhoria de processos no seu artigo “Um Guia para o Controle de Qualidade”. Conhecidas em todo o mundo como 7-QC, ou as 7 ferramentas do controle de qualidade, elas são:

  1. Diagrama de causa-e-efeito (também chamado diagrama Ishikawa ou diagrama espinha de peixe)
  2. Folha de verificação
  3. Carta de controle
  4. Histograma
  5. Gráfico de Pareto
  6. Diagrama de dispersão
  7. Estratificação

Bibliografia

  • “Controle Estatístico de Qualidade”, Douglas C. Montgomery – Este livro é um clássico na área do Controle Estatístico do Processo e oferece uma introdução completa e detalhada ao assunto, incluindo os principais métodos e técnicas para análise de dados e melhoria da qualidade.
  • “Statistical Process Control”, John S. Oakland
  • Compreendendo as Imparidades
    Este artigo explica o que são as imparidades e como afetam as contas das empresas, diferença entre imparidade e provisão e cobrança duvidosa.