Resumo do livro O Gestor Eficaz de Peter Drucker, Eficiência é fazer as coisas bem. Eficácia é fazer as coisas certas!

O Gestor Eficaz (resumo)

“O Gestor Eficaz” é um livro de gestão escrito por Peter Drucker, publicado inicialmente em 1966. O livro oferece conselhos práticos sobre como ser um líder e gestor eficaz num ambiente empresarial.

No livro, Drucker expõe as cinco caraterísticas dos líderes eficazes:

  • Sabem gerir do tempo e as suas prioridades
  • Tomam decisões e resolvem problemas
  • Constroem relações e comunicam eficazmente
  • Conhecem o seu negócio e a sua indústria
  • Criam uma organização eficaz

O livro argumenta que os líderes mais eficazes são aqueles que conseguem equilibrar as exigências de resultados a curto prazo com objetivos a longo prazo. O líder eficaz sabe delegar as tarefas mais adequadas aos seus colaboradores. Além disso, percebe que se tem de concentrar nas coisas mais importantes e não perder tempo com tarefas sem importância.

“O Gestor Eficaz” é classificado como um livro clássico da gestão, e os seus princípios são, ainda hoje, relevantes. É frequentemente recomendado como leitura obrigatória para qualquer pessoa que deseje melhorar as suas capacidades de liderança e de gestão. Para lê-lo na íntegra poderá adquiri-lo aqui.

ÍNDICE:

  1. A EFICÁCIA É ALGO QUE SE PODE APRENDER
  2. CONTROLE O SEU TEMPO
  3. COM O QUE POSSO CONTRIBUIR?
  4. COMO TORNAR OS PONTOS FORTES PRODUTIVOS
  5. O MAIS IMPORTANTE EM PRIMEIRO LUGAR
  6. ELEMENTOS DA TOMADA DE DECISÃO
  7. DECISÕES EFICAZES

Resumo do livro “O Gestor Eficaz”

Para que possa dedicar mis tempo às tarefas importantes na gestão a sua empresa, concentramos o conteúdo mais importante deste livro neste resumo.

A EFICÁCIA É ALGO QUE SE PODE APRENDER

O primeiro capítulo do livro ” O Gestor Eficaz ” de Peter Drucker é intitulado “A eficácia é algo que se pode aprender”. Neste capítulo, Drucker argumenta que ser eficaz como executivo é uma habilidade que pode ser aprendida e desenvolvida. Nesse sentido, não é algo reservado apenas a uma elite de indivíduos naturalmente talentosos.

Diferença entre eficiência e eficácia

Existem diferenças relevantes entre eficiência e eficácia. Eficiência é fazer as coisas bem, enquanto a eficácia é escolher as coisas certas a serem feitas. Frequentemente as pessoas concentram-se na eficiência, mas ignoram a eficácia. Dessa forma, perdemos tempo e desperdiçamos energia.

Competências de liderança e gestão

As competências de liderança e gestão são aprendidas e desenvolvidas, e não competências inatas. É possível aprender a ser eficaz, desde que as pessoas estejam dispostas ao esforço e a sejam honestas consigo mesmas sobre suas fraquezas.

As cinco práticas fundamentais

Peter Drucker apresenta cinco práticas fundamentais que os executivos eficazes usam para alcançar resultados: gerir o seu tempo e prioridades; tomar decisões e resolver problemas; construir relacionamentos e comunicar eficazmente; conhecer o seu negócio e a sua indústria e construir uma organização eficaz.

Resumindo, o primeiro capítulo “A eficácia é algo que se pode aprender” discute a importância de se concentrar na eficácia e não na eficiência, e argumenta que ser um gestor eficaz é uma competência ou habilidade que pode ser aprendida e desenvolvida através do esforço consciente e do autoconhecimento.

CONTROLE O SEU TEMPO

O segundo capítulo defende que só é possível ser um gestor eficaz se conseguir geri o tempo de forma eficaz.

O tempo é, sem dúvida, o recurso mais valioso à disposição de um gestor. A capacidade de o gerir é a chave para alcançar resultados. É frequente ouvir-se das pessoas que nunca têm tempo suficiente. No entanto, isso deve-se ao facto de não terem aprendido a gerir o seu tempo de forma eficaz.

Na realidade, as pessoas tendem a desperdiçar seu tempo, seja com tarefas irrelevantes, reuniões desnecessárias, ou quando permitem interrupções constantes. Por outro lado, os gestores eficazes são capazes de se concentrar nas tarefas mais importantes. Dessa foma, evitam perder tempo com tarefas irrelevantes.

Para gerir o tempo de forma eficaz necessitamos de:

  • estabelecer metas claras,
  • priorizar tarefas importantes,
  • evitar interrupções,
  • delegar tarefas
  • preparar o futuro.

Da mesma forma, é importante planear e preparar as tarefas. Assim, evita-se adiamentos e procrastinação.

COM O QUE POSSO CONTRIBUIR?

No 3º capítulo discute-se a importância de os gestores se concentrarem na sua contribuição para o sucesso da empresa, em vez de se concentrarem em tarefas administrativas ou operacionais.

Os gestores eficazes são aqueles que conseguem identificar as suas próprias competências e conhecimentos, e usá-los para contribuir para o sucesso da empresa.

Além disso, os gestores devem se concentrar em tarefas que são importantes para o sucesso da empresa, em vez de se concentrar em tarefas que são apenas importantes para eles mesmos.

Estratégias para identificar suas próprias competências e conhecimentos: definir metas claras, procurar feedback, e envolver-se em atividades que desenvolvam a sua carreira.

Como ter uma Reunião Eficaz:

  • Saber o que esperar de uma reunião e qual é ou deveria ser o seu objetivo;
  • Declarar, no início de uma reunião, o objetivo específico e o que se pretende alcançar;
  • No final da reunião, voltar sempre à declaração de abertura e relacionar as conclusões finais com a intenção original.

COMO TORNAR OS PONTOS FORTES PRODUTIVOS

O gestor eficaz sabe que não se pode construir algo sólido sobre fracos alicerces.

Para alcançar resultados, é necessário utilizar todos os pontos fortes disponíveis – os pontos fortes dos colaboradores, os pontos fortes do superior hierárquico, e os seus próprios pontos fortes.

Recrute força

Preencha os lugares e promova com base no que a pessoa pode fazer. Não tomar decisões de recrutamento para minimizar os pontos fracos, mas sim para maximizar a força.

Os gestores eficazes sabem que os seus colaboradores são pagos para desempenhar bem a função e não para agradar aos seus superiores.

O aproveitamento das oportunidades, em vez dos problemas, não só cria a organização mais eficaz, como também cria entusiasmo e dedicação.

Pelo contrário, é dever do gestor remover impiedosamente qualquer pessoa – e especialmente qualquer gestor – que consistentemente não atue com elevada distinção. Deixar um homem assim permanecer no cargo, corrompe todos os outros.

Como é que eu gerencio o meu chefe?

Como tornar produtiva a força do chefe:

  • “O que pode o meu chefe fazer realmente bem?”
  • “O que é que ele fez realmente bem?”
  • “O que é que ele precisa de saber para usar a sua força?”
  • “O que é que ele precisa de obter de mim para agir?”

Tornar o chefe eficaz é, portanto, geralmente bastante fácil. Mas é necessário concentrar-se nas suas forças e no que ele pode fazer. Exige que se concentre na força para tornar as fraquezas irrelevantes.

Tornar-se Eficaz

Os gestores eficazes lideram a partir da força no seu próprio trabalho. Eles tornam produtivo o que podem fazer.

Em suma, o gestor eficaz tenta ser ele próprio; ele não finge ser outra pessoa. Olha para o seu próprio desempenho e para os seus próprios resultados e tenta discernir um padrão.

“Quais são as coisas que pareço ser capaz de fazer com relativa facilidade, enquanto que estas parecem ser bastante mais difíceis para outras pessoas”?

O MAIS IMPORTANTE EM PRIMEIRO LUGAR

Se é que existe algum segredo para a eficácia, esse segredo é a concentração, a capacidade de foco. Os gestores eficazes fazem primeiro as coisas e fazem uma coisa de cada vez.

Derrocada de Ontem

Os gestores eficazes revêm periodicamente o seu planeamento do trabalho – e o dos seus colaboradores – e perguntam-se: “Se ainda não o tivéssemos feito, será que o iríamos fazer agora?” E, a menos que a resposta seja um Sim incondicional, eles abandonam a atividade ou restringem-na bruscamente.

O gestor que quer ser eficaz e que quer que a sua organização seja eficaz policia todos os planos, todas as atividades, todas as tarefas. Faz sempre a pergunta: “Ainda vale a pena fazer isto?”

E se a resposta for não, livra-se dessa tarefa para se poder concentrar nas poucas tarefas que, se feitas com excelência, farão realmente a diferença nos resultados.

Prioridades e Posterioridades

Há sempre tarefas mais produtivas para o amanhã do que há tempo para as realizar. Da mesma forma, há mais oportunidades do que há pessoas capazes de cuidar delas.

Há que decidir quais as tarefas que merecem prioridade e quais as que têm menos importância. A única questão é quem irá tomar a decisão – o gestor ou as pressões.

Se forem as pressões, e não o gestor, a tomar a decisão, as tarefas importantes serão previsivelmente sacrificadas.

A tarefa não é, contudo, estabelecer prioridades. Isso é fácil. Todos o conseguem fazer. A razão pela qual tão poucos gestores se concentram é a dificuldade de estabelecer “posterioridades” – isto é, decidir quais as tarefas a não abordar – e de se cingir à decisão.

A coragem, em vez da análise, dita as regras verdadeiramente importantes para a identificação de prioridades:

  • Escolher o futuro em vez do passado;
  • Focar na oportunidade e não no problema;
  • Escolher a própria direção – em vez de se deixar levar na corrente;
  • Apontar alto, apontar para algo que faça a diferença, e não para algo que seja “seguro” e fácil de fazer.

ELEMENTOS DA TOMADA DE DECISÃO

Os gestores eficazes, contrariamente ao que se possa pensar, não tomam muitas decisões. Pelo contrário, concentram-se nas decisões importantes. Ou seja, tentam tomar as poucas decisões importantes, ao mais alto nível de compreensão conceptual.

Enquanto a própria decisão eficaz se baseia no mais alto nível de compreensão conceptual, a ação a levar a cabo deve ser tão próxima quanto possível do nível de trabalho e tão simples quanto possível.

Os 5 Elementos do Processo de Decisão:

  1. Perguntar se se trata de uma situação genérica ou de uma exceção
  2. Claras “condições de fronteira” quanto ao que a decisão tem de cumprir
  3. Comece pelo que é correto e não pelo que é aceitável
  4. Converta a decisão em ação
  5. Incorporar o feedback na decisão

DECISÕES EFICAZES

Uma decisão é uma escolha entre alternativas. Raramente é uma escolha entre o certo e o errado. Os executivos que tomam decisões eficazes sabem que não se começa com factos. Começa-se com as opiniões.

As pessoas começam inevitavelmente com uma opinião. Dessa forma, pedir-lhes que procurem primeiro os factos é mesmo indesejável. Assim, irão procurar simplesmente os factos que se encaixam na conclusão a que já chegaram. E nunca ninguém falhou em encontrar os factos que procura.

O gestor eficaz encoraja as opiniões. Em seguida, pergunta: “O que temos de saber para testar a validade desta hipótese”? As pessoas que exprimem uma opinião também precisam de assumir a responsabilidade pela descoberta dos factos.

“Qual é o critério de relevância?” Isto ativa a medida adequada ao assunto em discussão e à decisão a ser alcançada.

A melhor maneira de encontrar a medida apropriada é sair novamente e procurar o “feedback” – só que isto é “feedback” antes da decisão.

A primeira regra na tomada de decisão é que não se toma uma decisão, a menos que haja desacordo.

O executivo que quer tomar a decisão certa força-se a ver a oposição como o seu meio de pensar através das alternativas.

A última questão que o gestor eficaz coloca: “Será uma decisão realmente necessária?” Há sempre a alternativa de não fazer nada. Se a resposta a “O que acontecerá se não fizermos nada?” é “Ela cuidará de si própria”, não se interfere.

»» O que ler a seguir? “Resumo do livro Manual Essencial de Recursos Humanos“.