Como tornar-se no seu próprio chefe

Torne-se no seu próprio chefe em 4 passos

Não é necessário sentar-se na cadeira mais alta do escritório para ser o chefe – nem que seja apenas de si mesmo. Aprenda a gerir o trabalho por conta própria e torne-se no seu próprio chefe.

Das diversas fantasias que os funcionários alimentam sobre seus chefes, uma é muito frequente: a de que ele é o único responsável por orientar, administrar e avaliar o seu trabalho.

No entanto, o poder, segundo os especialistas em liderança, pode e deve ser compartilhado. «Um profissional que não depende do chefe para tudo ganha em produtividade e eficiência».

O esforço em delegar tarefas e descentralizar ao máximo a gestão, ligado ao conceito de «empowerment», é uma tendência de gestão nas grandes multinacionais.

“Ganha-se muito com isso, porque o profissional é visto como adulto, e acaba trabalhando de forma mais responsável e madura”.

Em substituição da tradicional relação de obediência que existe entre patrão e empregado, surge uma dinâmica semelhante à que existe entre cliente e fornecedor: o que faz a roda girar é o compromisso com a qualidade do serviço, não a hierarquia.

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O funcionário capaz de assumir a responsabilidade por si mesmo poupa recursos da empresa e, por isso, será cada vez mais valorizado e disputado pelo mercado de trabalho.

Os melhores empregadores sabem reconhecer essas pessoas e certamente deverão recompensá-las com boas oportunidades. Aqui está o nosso contributo para que se torne no seu próprio chefe:

Quatro passos para se tornar no seu próprio chefe

1. Ter consciência do que esperam de si

Antes de mais nada, precisa de conhecer a fundo as caraterísticas do seu empregador e as particularidades da sua função. Precisa ter consciência sobre as expetativas básicas que existem sobre o seu trabalho – para não precisar ser lembrado constantemente por alguém a respeito delas.

2. Conheça os possíveis efeitos das suas falhas

É decisivo saber precisamente quais os erros seus que seriam tolerados, e quais seriam inadmissíveis. Da mesma foma, precisa saber quantificar os riscos e as oportunidades envolvidos no seu trabalho. Qual é o custo para empresa dos seus erros? E o potencial retorno dos seus sucessos? Essas variáveis precisam ser estudadas no seu processo de autogestão.

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3. Estabeleça uma relação de equilíbrio com o seu chefe

Não confunda empowerment com independência absoluta da estrutura. Pode, e deve, quando o problema o justificar, pedir a colaboração do seu chefe. O ideal é estabelecer um meio termo entre a microgestão, situação na qual o funcionário pergunta tudo para o seu superior, e uma espécie de “voo livre”, em que não pergunta nada. É necessário haver trocas entre o funcionário e o chefe, baseada em confiança mútua.

4. Faça autoavaliações constantes

Por fim, para consolidar a sua autonomia, é importante ter um olhar crítico sobre o seu próprio trabalho. Uma ideia é manter um diário dos insights e lições do seu dia a dia no escritório. Analisar os desafios que se apresentarem, bem como as soluções encontradas, ajuda a sistematizar o seu desenvolvimento. O objetivo que precisa atingir é aprender sozinho, continuamente.